Um workshop para encontrar seu estilo

E chegamos à segunda edição do workshop Guarda-Roupa Sem Crise! Foi na tarde do sábado, dia 1º de julho, que me reuni com a parceira Juliana Sena e mais seis alunas para passar conhecimento em estilo pessoal e experiências.

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Eu e a Ju pensamos nesse formato para proporcionar uma experiência de consultoria de estilo que fosse mais acessível, sem perder a eficácia. Por isso, o modelo workshop, que é mais do que um curso, é uma oficina interativa (daí nasceu o termo em inglês, que significa oficina de trabalho). Também montamos turmas reduzidas e nos unimos em uma dupla, assim é possível dar atenção e realmente discutir as ideias de cada uma durante os exercícios.

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Para esta segunda edição, ampliamos a parte prática e, para isso, foi fundamental a parceria da Upper Bag, um e-commerce inovador que manda bags (malinhas) de roupas e acessórios de acordo com o estilo do cliente. Funciona assim: você preenche um cadastro no site, colocando suas informações pessoais e dados de altura e medidas, e também dá dicas de gostos pessoais, hábitos e necessidades. Eles têm uma equipe de personal stylists que entram em contato com você via WhatsApp para pegar detalhes e depois preparam uma malinha com peças com o seu perfil. A malinha chega na sua casa e você pode escolher as peças que quer comprar, sem compromisso. Depois eles retiram o que você não quiser ficar.

Eu conversei com o Alexandre Abrahão, CEO da Upper BAG, sobre a parceria e ele foi muito receptivo desde o começo. Nós passamos diferentes perfis para a equipe e eles nos enviaram malinhas para que tivéssemos boa variedade de peças para os exercícios com as alunas. Foi ótimo! Ainda mais para um programa de aula como o nosso, em que partimos da relação que temos com o guarda-roupa para falar de estilo pessoal.

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Nosso principal objetivo com o workshop é levar as alunas a fazerem uma autoanálise para que percebam quem são, o que querem e o que precisam. O autoconhecimento nos leva a ter clareza. E com isso, começamos a enxergar nosso estilo. Ensinamos técnicas para ter essa “autovisão”. As alunas identificam qual estilo possuem e se tem mais de um – sim, é possível ter uma mistura de estilos. E aí, começamos a exercitar a coerência e a criatividade em expressar a personalidade ao se vestir. Por isso, trabalhar com peças após o lado teórico e conceitual é importante – pois ativa o aprendizado ali mesmo, na hora.

Gente, é tão legal! Sem modéstia aqui…. Bom, assim que tivermos mais informações sobre a terceira edição, venho correndo avisar aqui e nas minhas redes sociais > me sigam por lá também @camila.estilo.

Fotos: Jéssica Liar

Três dicas rápidas com o tema cinema

Estamos perto de dois grandes eventos, Carnaval (17/2) e Oscar (22/2). Festa, filmes e feriado. Juntei tudo num tema só, com dicas que servem para quem curte um sossego gostoso ou para quem quer sair bonito no bloco. O cinema é o elo.

Um filme sobre um filme (e sobre teatro também)

Sentei no escurinho do cinema sem saber quem era o diretor do filme que ia ver. Só soube o nome quando os créditos subiram. Poucas vezes isso aconteceu. Sou jornalista e o mundo a minha volta acaba não deixando que eu tenha momentos de (doce) ignorância como esse. Sim, por que acho bom ser surpreendida pelo que vem pela frente. Detesto spoilers, num nível que às vezes olho para baixo em trailers (sou louca?).

Bom, digo isso, pois o responsável pela direção de Birdman (2014) é um sujeito tarimbado. Não vou falar quem ele é nem quais foram seus trabalhos anteriores, mas, vocês, amigos meus, pelo menos a maioria, já devem saber. Só digo que são muito diferentes desse. E muito bons. Mas, esse é melhor.

Me apaixonei por tudo. A trilha sonora, que é uma bateria apenas, tocando no ritmo tenso da movimentação do protagonista, é original e perfeita. Me apeguei na batida, pois uns dias antes vi Whiplash (2014), também dessa safra do Oscar, e to curtindo uma batera. Os vários planos-sequência, a montagem, a fotografia, a direção de elenco, tudo é bom. Sobre o time de atores, só sabia da presença de Michael Keaton, no papel principal, e de Emma Stone. E aí ~uau~ temos também uma versão pós-dieta de Zach Galifianakis, o gordinho de Se Beber não Case (2009), que continua brilhante mesmo sem os quilos a mais, Naomi Watts, impecável e tão musa quanto Emma, e Edward Norton, que há algum tempo não nos presenteava com uma atuação nível Clube da Luta (1999). Aliás, ele e Keaton concorrem ao Oscar nas categorias de ator e Emma na de atriz coadjuvante. O filme foi indicado a nove estatuetas ao todo.

Da história, só vou contar que é sobre um ator que fazia um personagem dos quadrinhos, o tal Birdman, em Hollywood. Anos depois da fama alcançada com o blockbuster, ele decide montar uma peça de teatro na Broadway. Nós então, acompanhamos seus dias de ansiedade antes da estreia. É claro que tem muito mais, contudo, quero que você se surpreenda tanto quanto eu.

Michael Keaton e Edward Norton “revivendo” Clube da Luta
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Fiquei vidrada no figurino da Emma Stone. Não tem nada de mais, só que é todo preto, chumbo e roxo, bem escuro, deixa a pele dela pálida, acinzentada, para combinar com o contexto da personagem. É de propósito, claro. Eu estou estudando essas paradas de estilo e reparei. Cores são importantes na vestimenta. E muito bem trabalhadas no cinema. Em 500 Dias com Ela (2009), o diretor pediu para pesarem a mão no azul do figurino da Zooey Deschanel com o intuito de destacar seus olhos. Isso sem falar na filmografia toda do Wes Anderson. Segurem essas infos, no momento apropriado volto no assunto aqui 😉

Adereços que parecem tirados de um filme (ótimos para o carnaval)

Sou uma pessoa bastante urbana, acho. E prática. Mas, dizem que com a idade a gente vai se soltando, né? Bom, estou cada vez mais com vontade de me montar a.k.a enfeitar. Quando vi o perfil do Instagram da Can Can Acessórios achei tudo tão lindo que precisei conferir ao vivo.

Fui até o ateliê em Pinheiros e conheci a Fernanda Guimarães, designer responsável pela marca, que existe há seis anos e está com ateliê próprio em São Paulo há dois. Os adereços de carnaval são uma belezura e vão enfeitar as cabeças de bonitas no Balie da Vogue, do Copa e dos blocos mais animados de São Paulo, Rio, Minas e Brasil afora.

São cocares, tiaras com arranjos de fruta para fazer a Carmem Miranda, penas de melindrosa, cartolas de colombina… Fernanda veio da equipe de estilo da Fábula, marca infantil da Farm, então a pegada lúdica e a vocação para adornar as mulheres estão explicadas 😉 No Blog da Can Can, dá para ver as inspirações, modos de usar, novidades, vale a visita! Ah, e os hipster moços mais livres de espírito podem aderir à montação, tem fotos boas lá para ajudar no look.
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A marca também tem linhas regulares de acessórios para usar em qualquer ocasião, como colares, coroas de flores, chapéus e pentes de cabelos (meus preferidos). Em março, deve chegar a coleção de noivas.

Além do ateliê, a Can Can tem e-commerce. Nesse sábado (7/2/15), o espaço, que fica na João Moura, 498, casa 2, em Pinheiros, São Paulo, vai realizar um “auezinho”com descontos progressivos, música, chup-chups (sacolés, gelinhos, escolha sua nomenclatura hahaha), maquiagem, entre outros agradinhos.

Um livro de receitas de filmes (e de séries também)

Cozinhar e comer, duas coisas tão trivais, tão necessárias a nossa sobrevivência, que hoje ganharam uma aura de glamour, de fetiche. Quando posto foto de comida no Instagram é um engajamento tão alto, só perde para cerveja! (Por que será? ;)) Bom, acho que fetiche alimentício sempre existiu né? Uma questão socioantropológica que talvez a autora desse livro possa me responder. Já o glamour, eu acho que é um fenômeno atual.

E se o mundo gourmet se unir ao dos filmes e séries, assunto explosivo e passional, que gera até briga entre amigos (falei da questão de spoliers dois posts acima, então, nego se mata) o que pode acontecer? O que acontece, é altamente incrível. Um livro com as 100 melhores cenas gastronômicas de filmes e séries de TV, com receitas testadas e aprovadas por uma chef. Textos gostosos, dicas fáceis e ilustrações lindas.

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Cozinha Pop nos faz lembrar, rir e até falar sozinho a cada página. E também nos faz salivar. E nos tira por um, ou vários, momentos da vida online. Nos dá vontade de cozinhar, de apenas cortar uma cebola com o boy ou com as amigas, tomando uma taça de vinho. Saborear uma boa comidinha e depois ir atrás daquele filme que ainda não vimos, mencionado no livro. E, por fim, curtir a página lá no Feice  e dar sugestões para o volume dois. – duvido que não vai surgir alguma. Ah, e se você for instagramer, tudo bem tirar foto do prato preparado com uma receita do livro, só não esquece as hashtags #cozinhapop #ninguemperguntou 😉

Fotos Birdman: Fox Searchlight/divulgação