Como foi o Workshop Guarda-Roupa Sem Crise

Quando escolhi trabalhar como consultora de estilo, um dos fatores que me chamou para esse caminho, além do amor à moda, foi a vocação para trabalhar com pessoas. Sempre gostei e “tive jeito” para lidar com gente, sempre fui colocada na linha de frente do atendimento ao cliente quando trabalhava em agências de comunicação. Disso, para uma posição de professora, não é um passo muito longe. Mas, é grande. Exige responsabilidade para saber do que se fala, ter clareza, cuidado… na teoria, muito do que já fazia como jornalista, mas sem grande parte do contato direto com o interlocutor.

Bom, além da responsa de montar um workshop, todo o planejamento prático é bastante trabalhoso também. Mas, muito recompensador. E foi assim com o primeiro de muitos que virão! Há poucos dias, ministrei o Workshop Guarda-Roupa Sem Crise, ao lado da parceira Juliana Sena. Criamos um curso com o objetivo de focar no armário feminino e, a partir disso, ensinar ferramentas da consultoria de estilo que ajudam no autoconhecimento e na otimização do uso das roupas.

Com isso, as alunas saem do workshop com mais clareza do próprio estilo e sabendo aplicar técnicas para ter um guarda-roupa mais funcional. Também aprendem truques de estilo que podem ser usados de acordo com suas personalidades e tipos físicos. Dessa forma, aliam autoestima e consumo consciente.

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A ideia desse formato, mais enxuto que uma consultoria completa mas, ainda assim, com ensinamentos efetivos, surgiu da demanda de nossas clientes e amigas. Muitas procuram algo mais rápido e acessível para iniciar o desenvolvimento do estilo próprio. Então, uma tarde de conhecimento em grupo, com uma turma selecionada, a preços módicos, com técnicas essenciais e consultoras capacitadas (e modestas hahaha), é a pedida! Já nessa primeira edição, sentimos que funcionou muito bem! As alunas foram muito participativas e demonstraram ter adquirido mais clareza na autoanalise visual.

Além das explicações, mostramos muitos exemplos por meio de imagens e também entrando na dança (Como? Você só vai saber se fizer o curso). Fizemos uma surpresa que as alunas gostaram bastante… demos um presente especial que serviu de aula para todas… Ficou curiosa? 😉 Também fizemos exercícios práticos, em que as alunas pensaram sobre a teoria e depois colocaram a mão na massa!

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Para energizar todo mundo e seguir falando com força de estilo, fizemos um coffee break com quitutes da Nena Chocolates, todos feitos com ingredientes selecionados e preparo artesanal. Muito saborosos e saudáveis. Teve pão de fermentação natural, bolos de cacau e fubá, pastinha de berinjela…. Nham! A empresa é da Alessandra Luvisotto, filha de avó e pai cozinheiros, que cresceu no interior de São Paulo, enternecida pelos perfumes e sabores de uma culinária recheada de sentidos e afetos. Hoje, depois de cursar gastronomia no renomado Senac de Águas de São Pedro, ela mora na capital e tem seu negócio fazendo muitas delícias.

Além de serviço de catering, ela prepara e entrega na sua casa refeições de marmitinha que podem ser congeladas e combinadas de acordo com seus hábitos e/ou dieta. Também faz doces como naked cakes, sob encomenda. Gente, super recomendo: Nena Chocolates

E prepare-se: logo mais vem a edição do Workshop Guarda-Roupa Sem Crise no interior e mais uma na capital paulista. Não perca essa oportunidade! Fica de olho aqui e na minhas redes sociais, Insta e Snap: @camila.estilo; Face: https://www.facebook.com/ninguemperguntoublog.

Eu e a Juju Sena preparamos surpresas e damos mimos para a divulgação dos workshops hem… #ficaadica.

Workshop Guarda-Roupa Sem Crise

WORKSHOP GUARDA-ROUPA SEM CRISE

Muitas clientes e amigas pediam algo para que pudessem aprender de forma prática e objetiva a organizar melhor o que têm em casa. Queriam dar os primeiros passos para renovar ou descobrir o estilo próprio, mas buscavam um serviço acessível. Então, eu e a parceira, e também consultora de estilo, Juliana Sena montamos o Workshop Guarda-Roupa Sem Crise que tem ferramentas essenciais e básicas que ensinam a identificar o estilo pessoal e a analisar o guarda-roupa. Também traz ensinamentos de como montar looks que favorecem o próprio tipo físico e também multiplicar combinações, para aproveitar ainda mais as roupas que se tem. São algumas das práticas e teorias da consultoria, para que as alunas saiam do curso com um excelente aprendizado e comecem a desenvolver seu estilo pessoal sozinhas! 🙂

 

Data: 22 de outubro de 2016, das 14h às 18h
Local: Alameda dos Maracatins, 426 – Moema – São Paulo – SP
Vagas limitadas

Professoras: Consultoras de imagem e estilo Camila Rocha e Juliana Sena

 Para garantir sua vaga clique aqui

ou nos mande um e-mail: grsemcrise@gmail.com

O que você vai aprender:
• Os estilos universais > identifique o seu;
• Como aproveitar melhor as suas roupas;
• Como revitalizar seu guarda-roupa;
• Como ter um guarda-roupa versátil;
• Coloração pessoal: o que é e como ela pode te valorizar;
• Como combinar cores;
• Como combinar estampas;
• Cuidando de suas roupas;
• Renovando o guarda-roupa;
• A fórmula do guarda-roupa sem crise!

O que está incluso no valor do curso:
• Acesso ao workshop presencial de 4 horas;
• Apostila em suporte online (arquivo PDF) para acompanhamento e realização de execícios durante o curso;
• Coffee Break;
• E outras surpresas!

Valor :

R$300,00

 

Formas de pagamento Pagseguro: Utilizaremos o Pagseguro para que você opte pela melhor forma de pagamento, essa ferramenta oferece: pagamento via cartão de crédito, débito em conta corrente e pagamento por boleto, que pode ser parcelado em até 2 vezes sem juros ou em mais parcelas com juros cobrados pelo sistema e a administradora do cartão.

 

Sobre as consultoras de estilo e palestrantes:

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Camila Rocha
Apaixonada por moda desde sempre, uniu sua expertise em comunicação para trabalhar imagem e estilo de pessoas e empresas. Formada em jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, de São Paulo e em Comunicação Audiovisual pela Universidade Carlos III de Madri. Formada em “Consultoria de Estilo Pessoal” pela Oficina de Estilo, pelo curso da consultora Anita Resende e pela Paris Style Week. Se especializou em “Moda e Comunicação” e “Cool Hunting” pela Escola São Paulo. Trabalhou em comunicação para empresas de moda e beleza como Elite Model e A Mulher do Padre (AMP). Teve longa experiência em comunicação corporativa em empresas como Standard Bank, Even Construtora, A&E Networks e Mozarteum Brasileiro. Foi head de social media da Pernambucanas, com foco em moda e home decor. Há dois anos uniu suas expertises e passou a trabalhar como consultora de estilo e comunicação, realizando trabalhos para Alelo, BASF e Natura, além de atender clientes particulares.

 

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Juliana Sena
Descobriu que amava se vestir e se produzir desde cedo, quando criança adorava criar looks e inventar moda com suas bonecas. Influenciada pela avó e mãe, sempre procurava comprar tecidos e produzir suas roupas nas costureiras do bairro. Formada em Letras pela Ibero-Americana, pós-graduada em Administração de Empresas pela FAAP e tem MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec-Insper. Trabalhou com gerenciamento de projetos em diversas empresas multinacionais, tais como: Motorola, Ernst &Young, Vivo e Arcos Dourados. Mas, a moda sempre esteve presente de alguma maneira, desde 2010 escreve e pesquisa sobre moda, criou e desenvolveu uma marca de roupas e a partir dali, não parou mais, foi atrás de mais conhecimento e especialização. Há dois anos é Consultora de Estilo Pessoal e Personal Shopper, formada pela Oficina de Estilo, capacitada em organização e revitalização de guarda-roupas pelo curso da Ingrid Lisboa e desde então, passou a trabalhar como consultora de estilo e tem como objetivo dividir os conhecimentos e serviços prestados, disseminando a semente do autoconhecimento, da autoestima e do empoderamento para empresas e clientes particulares. http://julianasena.com.br/

 

Política de cancelamento:
• O cancelamento de sua participação no workshop pode ser feito até 72 horas antes da realização do workshop com restituição do valor integral. Trabalhamos com turmas pequenas e cada inscrição conta muito para arcar com as despesas do local.
• Não é possível restituir valores com cancelamentos feitos em menos de 72 horas do curso. Você pode solicitar que outra pessoa faça o curso em seu lugar, se necessário, para não perder o investimento. Nesse caso, você deverá nos informar via e-mail o nome completo e RG desse novo participante para alterarmos a lista de presença.
• O estorno da compra será feito por meio do Pag Seguro junto à administradora do cartão de crédito, como um crédito na próxima fatura do comprador. O PagSeguro envia um e-mail de confirmação informando a data que o crédito foi encaminhado para a sua administradora de cartão de crédito. O prazo para o crédito no seu cartão pode variar conforme data de fechamento da sua fatura. Para os pagamentos em débito online ou boleto, o estorno efetuado em forma de crédito na conta Pag Seguro, podendo o cliente utilizar o saldo para uma nova compra ou solicitar o saque do valor para sua conta bancária. (Informações fornecidas pelo Pag Seguro)
• Para qualquer um dos casos acima, você deverá entrar imediatamente em contato conosco através do e-mail: grsemcrise@gmail.com.
• Caso o número mínimo de cinco participantes não for atingido, o evento poderá ser cancelado ou reagendado. As organizadoras podem cancelar o evento em qualquer momento em caso de imprevisto ou por quaisquer razões que impeçam a concretização do workshop. Em caso do cancelamento por parte das organizadoras, os participantes que já pagaram sua participação (ou ingresso), receberão integramente os valores pagos até o momento.
• Mudança de local ou data: Em caso de mudança de local ou data os participantes serão notificados por email e terão a opção de aceitar a mudança ou solicitar o reembolso. Em caso de reembolso o valor será devolvido integralmente.

Dez dicas para arrumar a mala de viagem

Uma mala que leve tudo o que você precisa, nem mais e nem menos, permite que seu foco seja o que deve ser: a viagem! Parece óbvio, mas, muitas vezes, não é assim. Ser humano é bicho ansioso por natureza e costuma sofrer por não estar adequado ou ACHAR que não está. Em uma viagem de negócios, esse tipo de sentimento pode ser maior ainda. Mas, há situações em que não é um sentimento apenas: em um destino onde o clima é frio, se suas roupas não estiverem adequadas à temperatura, o sofrimento é real. E mala pesada, com mais coisas que o necessário, sempre é um problema. Então, que tal ter consigo uma companheira de viagem bem organizada que facilite os dias fora de casa? Uma consultora de estilo te auxilia a fazer isso, esse é um dos serviços que realizo. E compartilho aqui algumas dicas:

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Vamos passar disso…

  1. Escolha uma mala de material firme e de quatro rodinhas – muito mais prática e fácil de empurrar
  2. Com as próximas dicas, você pode fazer tudo caber em uma mala de mão. É prático para viagens de avião e de carro – a sua coluna e o porta-malas agradecem.
  3. Coloque tudo o mais aberto possível, fazendo menos dobras – amassa menos e assim cabem mais peças
  4. Em viagens de avião, se for despachar a mala principal, leve uma troca de roupa e uma nécessaire com itens essenciais na bolsa, afinal extravios acontecem (não são lenda urbana)
  5. Coloque acessórios e meias dentro de sapatos e outros objetos ocos
  6. Dobre blazers e casacos do lado do avesso, pois amassam menos
  7. Escolha peças de tecidos sintéticos, que amassam menos
  8. Eleja uma paleta de três cores para que as peças combinem entre si e você não precise levar muitas
  9. Nunca leve sapatos novos. Sapato bom para viagem é sapato que já foi bastante usado. Claro que não precisa ser sapato degastado, mas um par com o qual você se sinta confortável para caminhar, mesmo que por muitas horas.
  10. Sempre leve uma troca de roupa do clima contrário ao que você encontrará no destino escolhido. Não é difícil que, num dia bem quente, faça uma noite mais geladinha.

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…para isso 🙂

 

Se interessar uma ajuda profissional com a sua mala, me manda um e-mail: camilarochaestilo@gmail.com

 

Fotos: Dreamstime, Roberta Calucci, Bazar das Luluzinhas e Hoje Mais.

O poder das cores no cinema

As cores transmitem mensagens e têm o poder de influenciar nossas emoções. O cinema sabe disso, desde que se tornou colorido. O significado de uma cor pode ser diferente em cada cultura, em cada país, mas alguns são universais: azul transmite tranquilidade e também confiança – é a cor do uniforme da Marinha. Verde é a cor da ciência, da saúde, da vitalidade, por isso é usada nos uniformes de enfermeiros em quase todo o mundo, já reparou?

Filmes românticos costumam usar cores quentes e muito vermelho. Filmes de distopias e “apocalipse” abusam do cinza e de cores dessaturadas. Tons frios e azuis são usados em obras de terror. Ficções científicas se colorem de verde. De maneira quase imperceptível, as cores mexem com nossas emoções, ajudam a transmitir sentimentos ou a enfatizar mensagens. O vídeo abaixo mostra tudo isso.

Os cineastas fazem muito uso disso. Nos últimos tempos, um que ficou notório pelo uso das cores, criando paletas bem evidentes em seus filmes, é o Wes Anderson. Até uma série de livros foi lançada com base em sua obra e seu trabalho cromático. Na moda, a estética de Anderson já inspirou muitos estilistas como Alessandro Michele, da Gucci, assim como a coleção da Lacoste, Fendi, entre outros. A atual tendência de cores anunciada pela Pantone tem muito das paletas que costumamos ver nos filmes dele, tons suaves, claros e terrosos, rosa e azul.

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Ou seja, as cores são ferramentas poderosas na comunicação. E podem ser colocadas em nosso estilo pessoal. Se vamos a uma reunião de trabalho, em que precisamos defender uma ideia, que cor usar? Azul marinho pode ser uma boa ideia. E para ficar mais bonito/a? Usar uma cor que realce o tom da pele, dos cabelos, dos olhos, complementar, é a melhor solução. Já fiz um post sobre coloração pessoal, clique aqui para ler.
*Fotos: Imaxtree e Vogue Brasil

Estilo pessoal é importante (e está na moda!)

Nem todo mundo entende o que é o trabalho de uma consultora de estilo pessoal. Desenvolver ou aperfeiçoar o estilo do cliente pode ser feito para: 1. Uma pessoa que queira levar o conhecimento adquirido para sua vida cotidiana; 2. Para um veículo de mídia que irá registrar um momento daquela pessoa 3. Ou ainda para quando o cliente vai a um evento e precisa expressar de maneira direta e poderosa sua presença.

O trabalho é sempre desenvolvido em parceria com o cliente, pois seu estilo é dele, claro, e a consultora o ajuda a trazê-lo à superfície, a expressá-lo de forma eficiente. Para explicar melhor como a imagem e o estilo são importantes para cada um de nós, conto com a expertise de Valeria Doustaly, consultora de imagem e vice-presidente da AICI (Association of Image Consultants International) na França, e de Dione Occhipinti, stylist e professora do Instituto Marangoni. As duas ministram o curso Paris Style Week, do qual eu participei em setembro de 2015 e recomendo muito!

Também tomo como exemplo a recente capa da Caitlyn Jenner na Vanity Fair, que trouxe à tona o trabalho da diretora de estilo da revista, Jessica Diehl. Para quem não sabe, Caitlyn antes era conhecida como Bruce Jenner. Ele foi campeão olímpico em decatlo, pelos EUA, em 1976. Nos anos 90, se casou com Kris Jenner, matriarca do clan Kardashian. Há poucos meses, revelou ao mundo que é transexual, e mostrou sua nova expressão visual na reportagem da Vanity Fair, produzida por Jessica. Um clique que comunicava muita coisa: quem é essa mulher, como ela quer se apresentar ao mundo, qual seu papel na sociedade… um baita trabalho de imagem e estilo.

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Caitlyn na capa cuja imagem rodou o mundo

A diretora da revista, um veículo de formação de imagem no mainstream, já é reconhecida no meio, mas com essa capa ganhou fama mundial. Sobre seu trabalho disse à revista Love: “Fotografar celebridades se torna um desafio de administrar pessoas e deixá-las confortáveis; a moda fica menos importante que o estilo e a imagem – você quase quer ficar longe das tendências por que não quer que as pessoas olhem para as fotos e pensem ‘oh, isso é da coleção de outono/inverno’. Você quer que vejam as fotos e pensem ‘essa é uma linda foto da Kate Winslet”. Cabe dizer aqui que a revista Love fez uma edição trazendo só as pessoas que mais merecem destaque no mundo atualmente, e a diretora da concorrente Vanity Fair está lá….

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Jessica Diehl na Love Magazine

Dione, que trabalha como stylist em produções para revistas, explica a diferença entre fotografar ensaios de moda e famosos: “Nos editoriais de revistas temos um tema para o shooting e focamos nele, existe uma história, um sonho. As celebridades são pessoas reais que têm seu próprio estilo e querem estar dentro dele, ser coerentes com sua imagem”, e completa “a imagem deve representar seu estilo pessoal e sua personalidade. É a primeira impressão e conta muito”.

Valeria tem sua carreira focada em “pessoas físicas”, fora do mundo editorial. Especializada no segmento corporativo, ela já cuidou de muitos executivos e explica que a consultoria de imagem pode ser contratada por qualquer um, seja celebridade ou não. Ela exemplifica dizendo que é adequada a alguém que queira mudar seu visual para se sentir mais feliz, por alguma pessoa que precise aumentar sua autoestima com um novo guarda-roupa, ou que esteja procurando um novo emprego e queira aprender a se apresentar melhor ou, ainda, por uma empresa que deseje que seus colaboradores representem seus valores. “E a lista segue. Por isso existem consultoras de imagem mais focadas na aparência e outras que se especializam nos temas de comportamento e comunicação, eu formo parte do último grupo”, diz. Ou seja, consultoria de estilo trabalha por meio das roupas, expressando a personalidade do cliente no que ele usa. A consultoria de imagem trabalha o comportamento e a comunicação, no modo de agir. E as duas podem ser aliadas, em um trabalho conjugado.

Acostumada a desenvolver a imagem de pessoas públicas, Valeria indica que o estilo vem de dentro: “Karl Lagerfeld dizia que ‘si vous n’avez pas un physique élégant, la robe la plus élégante n’arrangera rien’ em português, ‘se você não tem um jeito elegante, o vestido mais elegante não servirá de nada’. Dito isto, creio que se vestir bem vale muito, mas se você não souber levar as roupas de nada servirá. Adequar o jeito de se vestir para se apresentar corretamente numa determinada ocasião é uma das coisas que uma boa consultora de imagem pode fazer pelo seu cliente”. E isso é feito de forma que o cliente se sinta confortável dentro de sua vestimenta e, sobretudo, de sua pele.

Considerando tudo isso e indo um pouco mais além, ouso dizer que o estilo pessoal “está na moda”. E não afirmo isso do nada. Há algum tempo, temos visto a subjetividade predominar quando se trata daquilo que nos desperta desejo. E o que começou no street style, blogs e mídias sociais se voltou para aquele que faz toda essa indústria rodar. Recentemente, a crítica de moda Vanessa Friedman escreveu em sua coluna do New York Times sobre duas exposições que acabaram de estrear em grandes capitais da moda: Paris e Nova York. Ambas exaltam o estilo pessoal de duas figuras importantes da história e, mais do que isso, para delírio das consultoras de estilo, a importância do cliente. Uma é a exibição “La Robe Retrouvée: Les Robes-Trésors de la Comtesse Greffulhe” (Vestidos – os tesouros da Condessa Greffulhe), no Palais Galliera, em Paris, e a outra a mostra “Jacqueline de Ribes: The Art of Style” (Jacqueline de Ribes: A Arte do Estilo) no Met, em Nova York.

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Jacqueline de Ribes fotografada por Richard Avedon – cortesia do Met

Sobre a exposição em Paris, seu curador falou: “Sempre falamos dos designers, mas raramente dos clientes”, justificando a escolha do tema, e completa: “são os clientes que têm mais a nos ensinar (sobre moda)”. Já o responsável em Nova York disse que sua curadoria é sobre “Não comprar muito, mas sim filtrar através da moda para encontrar o que é certo para você”, referindo-se ao comportamento de Jaqueline de Ribes. Vanessa, a jornalista que os entrevistou, arremata: “Apesar de que esses dois estilos pareçam nos mostrar o retrato de uma outra época, as lições mais amplas e abstratas das exposições – sobre pensar por si mesmo, sobre entender que se cria identidade por meio de roupas e, consequentemente, oportunidades – são absolutamente contemporâneas. Mais atemporais até que os vestidos exibidos”. Falou tudo!

Bom, depois dessa dissertação, algumas dicas 🙂 :

Fiquei mais atenta às colunas de Vanessa Friedman após começar a seguir a Consuelo Blocker no Snap Chat (consueloblocker). Vanessa é brilhante em texto e conteúdo. Vale a pena colar nas duas: Blog da Consuelo e Coluna da Vanessa.

Se você é consultora de estilo, não deixe de se associar à AICI. Hoje, a Associação tem também um certificado. No Brasil, apenas três consultoras são certificadas! Valeria recomenda tentar a prova e eu também – plano pessoal para um futuro próximo.

Confira o Paris Style Week, curso com aulas de consultoria de estilo, visitas a ateliês e lojas exclusivas, em Paris, com as professoras Valeria Doustaly a Dione Occhipint. Eu fiz e adorei. A turma para janeiro de 2016 está com inscrições abertas. Na Página do Facebook da PSW você pode encontrar todos os contatos.

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Da esquerda para a direita: Dione Occhipinti, Renata Tenca (estilista), eu e Valeria Doustaly durante visita da Paris Style Week

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Turma da Paris Style Week reunida

Quem anda pela gringa, confira as exposições, por favor! Informações no site do Met  e da Palais Galliera.

Três dicas de museus diferentes em Paris

Gente, sei que o Real não tá para peixe, mas, algum dia a gente acaba viajando. E sempre teremos Paris <3

Piadas e trocadilhos infames à parte, estive explorando outros ângulos da cidade e resolvi compartilhar dicas fora do roteirão básico de turista. Afinal, Paris é a capital de tanta coisa, afe Maria, moda, gastronomia, arte. Tem um mundo de coisas a ser explorado. Aqui vai uma leva, de museus.  Não se engane, parece que só tem moda aí, mas tem arte, tem design, tem arquitetura 😉

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Pierre Cardin, Past, Present and Future: Num prédio desses bem europeus, pequenos, mas com três andares, num bequinho meio escondido no bairro Les Marais, fica o museu de um dos mais importantes estilistas da história. Pierre Cardin hoje não está mais sob os holofotes e seu nome nos remete a produtos populares nos anos 80 – eu lembro de anúncios de calça jeans, um amigo dos óculos de sol da mãe… Pois é, ele licenciou muita coisa com o seu nome, mas suas criações e a sua influência para o que vestimos ainda hoje têm uma força que não se vê com frequência. Cardin começou sua carreira nos anos 50 no ateliê de Christian Dior. Mas, foi quando saiu de lá que deixou sua marca na moda. Inspirado pelo Japão e pelas visões de um futuro tecnológico, diante da exploração espacial que ocorria nos anos 60, Cardin quebrou tradições e definiu novas formas para o vestuário feminino. Cortes planos, vestidos trapézio, moldes geométricos, cores fortes e metalizados. Também foi o primeiro a trazer a ideia do Prét-à-Porter (pronto para vestir) para o mercado de moda, com uma coleção desfilada na loja de departamentos Primtemps. Isso foi um rebuliço entre seus pares, que só faziam alta costura (roupas encomendadas e sob medida) para clientes privados. O episódio causou sua saída do Comitê de Alta Costura parisiense. Bom, para saber tudo isso e ver mais de 200 peças criadas por esse gênio, agende uma visita ao museu pelo site. Garanto que vale a pena!

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Les Arts Decoratifs: Esse museu é dedicado à decoração. Mas, pense em decoração do ponto de vista francês, ou seja, exposições belíssimas e muito bem curadas (tá certo falar assim?). Quando eu o visitei, estava abrigando uma mostra dedicada à Coreia, uma vez que 2015 é o ano do país na França. A exposição estava dividida em duas partes, ambas dedicadas a designers atuais, de moda e mobiliário. Simplesmente de cair o queixo! E a Coreia é tendência para tudo, não tem inocência aqui. Aquele que está atento no que sai de novidade no mundo da música (Gangnam Stlye), da cosmética (BB Creams vieram de lá e mais mil coisas que já estamos usando ou vamos querer logo), e da moda (a Cruise Collection 2016 da Chanel foi desfilada em Seul) sabe do que estou falando. E o edifício fica na Rue de Rivoli, pertinho de vários outros lugares gostosos de visitar. Entre eles o Angelina Café, que tem simplesmente o melhor chocolate quente do mundo (juro!). Clique para ver o site do museu.

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Fondation Louis Vuitton: Bom, não é exatamente um museu, mas é como se fosse. Afinal, tem exposições ótimas, é um lugar lindo, feito pelo mesmo arquiteto do Guggenheim de Bilbao, Frank Gehry, então pode aparecer neste post. Quando estive lá, vi a exposição Pop & Music, com quadros de Basquiat e Warhol, que são da coleção permanente deles. Tinha também uma exibição especial em parceria com outros museus, como a Tate Modern de Londres e o Centre Pompidou de Paris, com peças de Matisse, por exemplo. E o prédio em si já é uma obra de arte. Concertos e os desfiles da marca também acontecem lá. A programação está no site, claro. Dica esperta: a Fundação fica no meio de um parque, então para chegar, siga as placas que já estão colocadas desde a plataforma na estação Les Sablon, da linha 1, do metrô.

Sobre consumo e estilo: é hora de desacelerar

Nós gostamos de moda, design, tecnologia, bons produtos que nos sirvam na vida. Mas, toda vez que respondemos se é crédito ou débito, acabamos comprando não só funcionalidade e beleza, mas também valores implícitos, como status, amor (já viu a nova propaganda do iPhone?), conforto, familiaridade, entre tantas outras características e emoções que a publicidade nos vende. Precisamos de tudo isso? Claro! Queremos sentir todas essas e muitas outras coisas, porém não serão produtos, necessariamente, que nos proporcionarão as subjetividades da vida.

E estamos exagerando. Acho que nem é preciso argumentar muito em cima disso. Quem é que já não está com problemas de espaço no guarda-roupa e tem sapatos enfiados lá no fundo da prateleira? Acabam nem sendo usados… Quem nunca doou uma peça ainda com a etiqueta? Ou comprou uma calça esperando perder aqueles dois quilos que nunca foram embora?

Estamos, além de contribuindo para uma economia desenfreada que produz em demasia, com qualidade de descarte, vivendo uma vida que não nos representa. Aquela calça super em conta da loja de fast-fashion passeou por quantos verões com você? É uma roupa que tem a sua cara mesmo? Não seria muito mais coerente e te faria mais feliz ter um guarda-roupa só com peças de qualidade, que você ame, que combinem entre si, te representem, que você vista e se sinta especial, TODA VEZ?

Sim, gente, isso é possível. E faria uma bela diferença na sua postura como consumidor. Pense globalmente e aja localmente, disse John Lennon. Afinal, comprar menos e mais assertivamente, já contribuirá para uma economia mais sustentável, com menos descarte. Ao mesmo tempo, procure gente que faça um trabalho autoral, com matéria-prima de qualidade, que dura um tempão, com design diferenciado, que movimente a economia local. Ah, mas isso custa muito caro. Não, nem sempre, só custa mais que o produto feito com mão de obra explorada em países subdesenvolvidos. E comprando menos e melhor, no final, não se gasta mais. E assim, nós continuamos amantes da moda, do design, da tecnologia, consumidores. Só que conscientes.

Reparem que estou usando a primeira pessoa do plural aqui. Por que, de fato, o contexto atual nos coloca submersos num sistema, numa cultura, em conceitos que estão intrínsicos no nosso dia a dia. Muitas coisas de que precisamos vem de origens duvidosas de produção. Eu sei, não é fácil achar alternativas, mas, com informação, podemos procurar o caminho que nos serve, decidir nossas prioridades. Além disso, vou dar um passo atrás e dizer que as lojas de fast-fashion tiveram – e ainda têm – sua função significativa de democratizar a moda. Deram acesso a um mundo de design que antes era permitido apenas a quem tinha dinheiro. Por que moda, é muito mais que roupa. É expressão visual, memória afetiva, comunicação, integração social, arte, cultura… e todos nós temos algum tipo de relação com ela. Mudar essa relação, é um processo, leva tempo e requer disposição. Não é fácil, portanto, desapegar das fast-fashion. Porém, hoje, sabendo o que implica vender barato, podemos pensar muito bem antes de comprar algo que foi feito por um representante dessa indústria.

Cada um pode buscar o que é essencial para si. E aprendemos naquele emblemático livro infantil, o essencial é invisível aos olhos.

Valorizar um consumo com mais significado não é novidade no mundo da moda, minhas mestras do estilo já têm isso como base para seu método de consultoria, jornalistas já vêm falando do tema há algum tempo. Mas, a empresa de identificação de tendências BOX 1824 fez há poucos dias um vídeo muito bacana que resume de forma genial essa história toda.

Na imprensa, esse movimento de prestar mais atenção ao que se compra, valorizar a origem e os materiais, buscar um design mais autoral, vem sendo chamado de slow fashion (moda lenta, em contraponto ao fast-fashion, ou moda rápida). Já a BOX, ampliou o termo para todo tipo de consumo, chamando-o de lowsumerism (consumo baixo). Aqui, faço uma ressalva: o consumo consciente não é uma “nova tendência”, no sentido passageiro da coisa. As tendências surgem como novos caminhos, que podem se dissolver e se desvirtuar de maneira fugaz ou se consolidar como comportamento estabelecido. Consumir de forma consciente deve ser encarado como um estilo de vida, não como um modismo.

Caso queira saber mais sobre a indústria da moda e o impacto sócio-ambiental que o consumo desenfreado implica, recomendo o documentário The True Cost, disponível no Netflix.

 

*Foto de destaque: The True Cost – reprodução

Como usar roupas claras ou escuras para destacar sua beleza natural

Na análise global que faço na consultoria de estilo considero a coloração pessoal, e uma das características que observo para descobrir a cartela de cores do cliente é a sua profundidade. Ou seja, se os tons do seu rosto – pele, olhos, sobrancelha, lábios e subtons como olheira e veias – são mais claros ou mais escuros.

As pessoas mais escuras têm sobrancelha preta ou castanho escura, olhos castanho escuros, cílios mais destacados. As claras têm tons mais loiros, castanho claros ou mais acinzentados. Os olhos também são mais claros e a pele tem menos subtons escuros; as olheiras são mais marrons ou avermelhadas, enquanto pessoas escuras têm olheiras mais roxinhas. Isso não é algo que se mede pelo tom de pele, tem a ver com o conjunto do rosto. Quanto mais escura a pessoa for, mais profunda ela é. Vamos a um exemplo de duas pessoas com cabelos e olhos castanhos, mas com profundidades diferentes: Angelica Huston e Drew Barrymore, no filme Para Sempre Cinderela:

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Bom, ao transpor a coloração pessoal para roupas, o ideal é compor o look de acordo com o nível de profundidade. Quem tem tons escuros, mais fortes, harmoniza melhor com cores que seguem essa linha. Cores muito suaves ou delicadas podem deixá-la sem vida, apagada. Pessoas claras e delicadas ficam melhores com uma cartela com essas características, para não “sumirem” dentro da produção.

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Duas mulheres que são referência de estilo, brilhando: Rachel Bilson, escura e com roupas idem; e Kate Bosworth, clara e usando tons delicados.

Cores também transmitem mensagens. Não é a toa que uma atriz forte e de cores profundas, como Angelica Huston, foi escalada para viver a madrasta em Cinderela. E sua antagonista, mais romântica, tinha uma coloração oposta – que também é refletida no figurino. Um bom exemplo, e extremamente evidente, de caracterização de figurino também pode ser visto no longa Cisne Negro. Nele, Natalie Portman vive uma bailarina com conflitos psicológicos, que assume duas personalidades. Uma delas é intensa, forte e dramática, usando somente cores escuras. A outra é sensível, volátil e tolerante, vestindo apenas cores claras. E o recurso cromático de apoio ao enredo não se restringe à bailarina, todas as personagens que se relacionam com seu lado “negro” usam cores profundas e vice versa.

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Mila Kunis e Natalie Portman em cena de Cisne Negro

Uma pessoa de cores claras pode não ter exatamente uma personalidade delicada. Ou pode querer transmitir mais força, sobriedade. Então, o uso de cores escuras a ajudará nisso. E o contrário também é válido. Uma pessoa de coloração escura pode querer transmitir leveza, abertura. Para não ficar um look descompensado, a saída é sempre buscar equilíbrio, usar uma maquiagem que destaque mais os traços do rosto ou algum elemento, como um lenço, que esteja na sua coloração pessoal. O bacana é entender como as cores podem agir no nosso estilo e, assim, ter informação para aproveitar seu poder. Não existe certo ou errado, melhor ou pior. Se te interessou saber qual é sua coloração pessoal, entra em contato comigo clicando aqui 😉

Grey Gardens, uma lição de estilo

Grey Gardens (2009) é o filme que reconta a história do documentário de mesmo nome, sobre a tia e a prima de Jacqueline Onassis (as duas chamadas Edith Bouvier Beale ou “Big Edie e Little Edie”). Feito para a HBO, é um pouco mais palatável ao gosto atual da audiência do que o documentário original, e com um ponto, ou melhor, dois, incríveis: Jessica Lange e Drew Barrymore nos papéis principais. O filme está disponível no catálogo do Now, da Net, na oferta da HBO, entre aqueles que não temos que pagar. Ótima oportunidade.

Para mim, além de uma história maravilhosa, é um belo exemplo do que se pode chamar de estilo pessoal. Principalmente a figura da Little Edie. Isso porque, os dicionários e afins – você pode verificar aqui e aqui – deixam a desejar e não explicam muito bem o que seria estilo quando se trata de um adjetivo aplicado a pessoas. E com elas vemos o que é sendo.

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Little Edie em duas etapas da vida

Eu, como consultora de estilo pessoal, posso dizer que é o conjunto de escolhas, gostos e prioridades que traduzem a personalidade de alguém. Quando colocado em expressão visual, em roupas, acessórios, cabelo, maquiagem, indumentárias ou na falta delas também, pode ser chamado de estilo. Uma pessoa que se destaca entre as outras, que quando vemos algo e nos lembramos imediatamente dela e soltamos “nossa, esse lenço (gravata, colar etc) é a cara de fulano”, que tem sempre uma coerência ao se apresentar, uma presença marcante – ainda que use roupas discretas, tem um estilo bem definido. Isso não quer dizer que aquele seu amigo que veste a primeira camisa da gaveta não tem estilo nenhum. TODO MUNDO tem estilo. Afinal, todos fazemos escolhas, mesmo que seja vestir qualquer coisa – quem é assim quer mostrar que não liga para moda, que tem um estilo descontraído ou rebelde. Alguns sabem expressá-lo bem, outros nem tanto.

Voltando ao filme, as personagens principais tem um estilo muito próprio e seguem assim até mesmo quando perdem o senso de convívio em sociedade, até mesmo quando estão em um mundo à parte. Um exemplo muito claro de autoconhecimento e expressão. Eu fiquei fascinada.

Bom, a história, já devo ter causado curiosidade, é sobre mãe e filha que vêm de uma alta linhagem nova-iorquina, porém, por conta dos revezes da vida e da falta de tino para sobreviver financeiramente, acabam perdendo tudo o que têm. Assim, vivem isoladas na casa de praia da família, a Grey Gardens, num mundo onde pensam ter glamour, mas onde só há insalubridade e decadência.

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Mãe e filha em tempos áureos e depois vivendo a duras penas, mas ainda mantendo o estilo

Além de uma aula de estilo, a história nos faz pensar sobre valores e determinação. De alguma forma, essas duas mulheres se mantiveram firmes em suas crenças. O ar kitsch e o evidente viés fashion fez da obra original um cult entre o povo indie e fashionista. Contudo, acho que é muito mais interessante olhar para essa história com a cabeça aberta e despida de preconceitos. O que quero dizer é que não devemos encarar as Edies como duas criaturas excêntricas e divertidas em sua viagem autoalienante. Acredito que elas foram mulheres a frente de seu tempo, em uma sociedade onde não havia espaço para que crescessem. Aferradas em seus valores, sucumbiram e não tiveram meios para sobreviver.

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O antes e depois de Grey Gardens

Se interessar ver também o lado real dessa história, tá aqui o documentário, de 1975, inteirinho no Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=GP2KjNge1FY

Coloração pessoal: descubra como realçar seus tons naturais

Sempre que toco nesse assunto, o interesse das pessoas cresce. E acho que não à toa. Na consultoria de estilo pessoal, umas das ferramentas que ajuda muito a fazer o brilho de cada cliente emanar é identificar qual é sua coloração pessoal para, a partir disso, definir uma cartela personalizada. Com isso, ele saberá quais cores fazem seus tons de pele, cabelo, lábios e olhos se destacarem e ainda pode montar um guarda-roupas em que tudo dentro combina entre si. Não é muito legal?

Como isso funciona? Vamos saber primeiro de onde veio. Era uma vez, uma das mais importantes escolas de design da história, surgida na Alemanha, a Bauhaus. Foi lá que o professor Johannes Itten, no estudo de composições harmônicas, percebeu em seus alunos um padrão de comportamento: ao escolherem cores para pintar uma obra, iam nos tons que se aproximavam da sua própria coloração… Aqueles com cabelos escuros, com olhos em cores intensas, acabavam escolhendo cores vivas e puras. Alunos com cabelos mais claros, olhos mais acinzentados, pele suave, optavam por cores mais opacas e delicadas.

Algum tempo depois, nos anos 70, mulheres que se reuniam para vender maquiagem, roupas e até tupperware, perceberam que a teoria do professor alemão poderia ser transferida das artes plásticas para o dia a dia, sendo aplicada para realçar a maneira de se vestir, se maquiar e tingir o cabelo. Hoje, esse sistema se chama “análise de cores sazonal expandida”, pois usa as estações do ano na nomenclatura como, por exemplo, “verão suave” e “inverno profundo” – não é lírico?

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As cores que ficam bem em uma pessoa são aquelas que a complementam, emolduram seus tons naturais, harmonizam com eles. Fazendo uma analogia com o conceito que pensamos para as roupas, devem fazer o ser humano aparecer e não se destacarem mais do que ele, capisce? O tom ideal pode dar um rubor nas bochechas, amenizar olheiras, destacar a cor dos olhos. Sem truque, é uma mágica feita com técnica 😉

E como é feita a análise? Coloco no cliente um avental e uma faixa no cabelo para isolar outras cores que não sejam as do rosto. E com tecidos coloridos, sob luz natural, vou analisando os efeitos de diferentes temperaturas, intensidades e profundidades para, com muita técnica e concentração, chegar na coloração pessoal. A cartela definida será uma ótima aliada para escolher peças que destaquem seus tons naturais e também que combinem entre si, uma vez que vai conter cores que se harmonizam umas com as outras.

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Porém, ninguém é obrigado a ficar preso à cartela da coloração pessoal (ainda que muita gente se apegue com amor a ela). O bacana é que, uma vez sabendo o efeito das cores sobre nós, podemos usá-las de forma inteligente. Se eu tenho uma blusa preta que me deixa muito abatida, por exemplo, posso usá-la com um colar cuja cor me favoreça, ou fazer uma maquiagem que equilibre e pronto! Vale dizer que as cores da cartela pessoal fazem mais sentido perto do rosto, onde temos mais variação de tons. Então, posso usar uma saia no meu laranja preferido, mas que está fora da cartela. Além disso, cores têm mensagens e códigos culturais embutidos nelas. Vermelho-paixão, azul-tranquilidade… não é? E essas informações também contam na consultoria e são consideradas no momento de montar a cartela para o cliente, somadas, É CLARO, ao gosto pessoal. Mas, isso é assunto para outro post 😉

Se te interessou descobrir qual a sua cartela de cores pessoal, me deixa um recado aqui ou me manda um e-mail que eu te conto como posso fazer isso para você! camilar80@gmail.com.

*Com informações de Oficina de Estilo e Color Revival

*Foto de destaque: doloresamabile/ Foto das celebridasdes: selfishseamstress