Santiago de Compostela

A viagem que fiz a Portugal teve uma cidade que não fica no mesmo país, mas nem considero um desvio de rota. Me explico: do Porto fui até Santiago de Compostela, na Espanha, cidade que ficou ainda mais famosa após o romance Diário de Um Mago de Paulo Coelho. É a capital da Galícia, uma região que é uma “intersecção de países”, no noroeste da Espanha, quase Portugal, com paisagens e hábitos compartilhados. O idioma, galego, é um misto do que se fala nas duas nações. Isso é uma alegria para os brasileiros que adoram mandar ver no portunhol. Mas, cabe ressaltar, a lingua oficial é a de Cervantes.

A capital galega é mundialmente famosa por ser o destino final de peregrinos cristãos – alguns nem tanto – que percorrem o Caminho de Santiago. Sua catedral abriga o túmulo de Tiago (Santiago, em espanhol) um dos apóstolos de Cristo. Sim, gente, o lugar tem poder. Seja você cristão ou não, se tiver um pouco de espiritualidade vai sentir a energia presente. Ou, no mínimo, se comover com toda a movimentação de pessoas em busca de alguma benção ou paz de espírito. Dentro da catedral há vários confessionários disponíveis durante todo o dia, com padres multilíngues para receber os peregrinos. Além disso, há três missas diárias, que ficam lotadíssimas. Os sacerdotes mencionam nomes das pessoas e dos grupos recém-chegados durante a celebração e fiquei impressionada com a quantidade de brasileiros de fé.

Bom, fora o lado religioso, a cidade é uma fofura, toda medieval, a história e a arquitetura são impressionantes, o povo amável e a culinária deliciosa. A tapa espanhola que mais gosto de todas é da região, o polvo a feira, ou pulpo a gallega, como é conhecida em outras partes do país. Santiago também é uma cidade universitária, então, nos períodos de aulas, os bares ficam animadíssimos e dá para conhecer um pouco do que é “salir de copas”. Fiesta!

Veredito: se você chegou até o Porto, vale a pena dar um pulinho em Santiago, um ou dois dias são suficientes para conhecê-la. São só duas horas indo de carro, o que dá para fazer tranquilamente. Foi colocar o endereço do hotel no GPS e pronto. Ou tem sempre a opção de ir a pé, com a fé e a coragem 😉

Onde ficar: Nesse quesito, recomendo o hotel que fiquei, o Lux Santiago, na rua Douctor Teixeiro, 4. Bom custo benefício e localização ideal para conhecer o centro histórico a pé. Como a cidade é pequena, sugiro se hospedar perto do centro.

Por onde turistar: Na bela catedral, claro. E pelas ruas do centro histórico. Tudo lá gira em torno da questão religiosa, tem o museu de arte sacra, o centro de peregrinos e tal. Não tem muito como fugir disso. Os prédios são lindos, mas fora a catedral o resto não é muito interessante em termos de acervo. A cidade em si que que importa.
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*Em setembro de 2014, a Catedral estava em reforma. Não encontrei informação sobre até quando as obras vão durar. Apesar disso, estava aberta e era possível admirar sua beleza.

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*Patrimônio Mundial da Unesco, a catedral chama a atenção por sua arquitetura peculiar, que mistura os estilos gótico, renascentista e barroco e já apareceu até como cenário de HQs como HellBoy e Batman.

E pela Cidade da Cultura. Eu não tive tempo de conhecer, mas parece incrível. É um centro de artes e cultura, bem moderno, como outros lugares que os espanhóis gostam de fazer, nos moldes da Cidade das Artes e das Ciências de Valência.

O que comer: Tapas, tapas e tapas. Mas, entre todas, vá de polvo a feira, a especialidade da região. É cozido e cortado em pedacinhos, por isso nem tem uma aparência estranha, o que é um alívio para quem tem aflição do bicho. É servido com muito azeite, páprica e batatas. Fica muito saboroso. E na Galícia as tapas vêm em baixelas, sem miséria! Confie no garçom e peça um vinho da região para acompanhar. A rua da Reina, no centro histórico, tem vários bares de tapas muito bons.
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Chocolate. Lá não é a Suíça, mas descobri uma marca tão legal e gostosa, claro, que tenho que indicar. A Chocolat Factory (Plaza del Toural, 10) vende produtos divertidos e funcionais, feitos em parceria com designers. Tipo plaquinhas de chocolate que derretem na torrada, bombons para comer enfiando o dedo na boca, além de souvenirs fofos – as fotos ilustram melhor. Tudo com carinha hipster e delicioso.
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Tarta de Santiago, que é um bolo de amêndoas fofo, não muito doce. Muito bom mesmo. Apesar de parecer, não é sem graça. Eu não gosto de bolo sem graça. É esse com a cruz desenhada.
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Não deixe de fazer: Abraçar a estátua de Santiago para ganhar a sua benção. Sim, você pode dar um chamego na imagem do apóstolo, que está dentro da Catedral.

História de Santiago de Compostela: Santiago, ou Tiago, era apóstolo de Jesus Cristo e foi um dos principais pregadores da religião após a morte do messias. Foi assassinado por perseguidores do cristianismo na Palestina e seu corpo foi levado para a Espanha, onde católicos o enterraram. O local escolhido para seu sepulcro foi um bosque serrado e ermo, para que ninguém o encontrasse. Oito séculos depois, dois camponeses viram muitas luzes vindas do céu, que incindiam sob um local onde se encontrou os restos mortais do apóstolo. Nesse exato ponto, construíram uma capela, depois viraria a catedral, que passou a atrair peregrinos. E assim, iniciou-se o Caminho de Santiago de Campo Estela (de estrela, das luzes que iluminaram o local). Hoje, existem diversas rotas determinadas com base em passagens da bíblia ou da História, saindo da Espanha, de Portugal e da França. As pessoas as percorrem em busca de indulgência, paz espiritual, para pagar uma promessa ou simplemente para fazer um tracking.

Bônus: Se interessar mais que um pulo na Espanha, indico o roteiro Portugal-Espanha-Mediterrâneo que o Fábio do Viagens Cinematográficas fez, ou o guia feito a várias mãos que o Ricardo Freire reuniu no Viaje na Viagem, com o básico dos dois países.

*Foto de Destaque: Best Place In Spain

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Três dicas rápidas: um filme, um bar e um batom (wtf?)

Volto com três dicas diretas e retas para você fazer ou adotar já. Nesse fim de semana, quem sabe? Dessa vez, misturo os temas.

Nos cinemas: Relatos Selvagens é uma produção da El Deseo de Pedro Almodóvar, com direção e roteiro do argentino Damián Szifron, também responsável pelo consagrado O Filho da Noiva. Ricardo Darín, o competente e onipresente ator argentino, está no elenco. Só pelas credenciais já dá vontade de assistir. E não decepciona. Na Argentina, foi a maior bilheteria do ano, com três milhões de espectadores e tornou-se o candidato ao Oscar pelo país. Porém, não espere um filme sensível e doce como o anterior do cineasta, esse é puro humor negro. E tem coisas bem pesadas. Mas, é maravilhoso. Eu assisti depois de um clima acirrado de eleições presidenciais e dois dos contos (o longa é composto de várias histórias curtas), me fizeram pensar bastante na bipolaridade maligna que pairava no ar. Fora desse tema, contudo, para quem quiser saber, a história que mais me cativou foi a final, sobre uma festa de casamento ~  love is a battlefield~. Aqui está o trailer. Eu recomendo ir ao cinema sem ver nada, mas, fica por sua conta:

Para beber e comer em São Paulo: Cão Véio (Rua João Moura, 871 – Pinheiros), bar do chef Henrique Fogaça, mais famoso agora por ser um dos jurados do programa Masterchef, que vai ao ar na Band, às terças-feiras. Porém, o que importa é que o bar é ótimo. Eu fui em uma quinta-feira e estava cheio. Apesar disso, demorei uns 20 minutos para sentar, algo que em São Paulo não é muito tempo. A hostess e os garçons foram muito atenciosos e tudo veio rápido. Vale ressaltar que a carta de cervejas é extensa e tem excelentes opções. E, sendo um estabelecimento de um chef, o cardápio tem sanduíches e pratos caprichados, mas sem frescura. Aliás, toda a ambientação é uma coisa meio despretensiosa, meio punk, tipo vamos comer e beber bem, sem gourmetização. Total a cara do dono. Sugiro pedir a Fogaça (American) Pale Ale, cerveja da casa, e as batatas doces fritas com maionese não-sei-do-quê, que eram ótimas. Fogaça também é proprietário do Admiral’s Place, outro bar muito bacana, que parece um clube do uísque e serve drinks preparados impecavelmente, e do Sal Gastronomia, restaurante que não conheço.

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Para arrasar: Se você quiser ir ao cinema, depois tomar uma cerveja no Cão Véio e ainda assim continuar gata e com o batom quase irretocável, aposte no Damn Glamorous da nova linha Matte da MAC. É um vermelho belo, de rica, de Marilyn. Achei menos seco que os da linha Matte anterior, fica colado na boca, mas não é esfarelento. Vende na loja online da MAC aqui. Tá meio fora de propósito falar de batom entre essas dicas? Who cares? Eu comprei há pouco tempo e tô apegada <3

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Por que eu me apaixonei por Portugal

“O povo português é, essencialmente, cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo”, Fernando Pessoa

Esse é o primeiro post de uma série de dicas de viagem sobre Portugal. Mas, com licencinha, primeiro serei um pouco passional e, mesmo fugindo do objetivo, acredito que ajudarei você, caro leitor, no momento em que estiver buscando tais recomendações. Isso porque, voltei, como disse aí no título, enamorada desse país e esse relato pode sim ser um ponto de apoio no momento de decidir o destino das férias.

Portugal nos parece tão familiar, afinal sempre permeou de uma forma ou de outra as histórias de família ou dos livros da escola. De fato é. Mas, de uma forma muito mais visceral do que possamos imaginar. É como olhar um reflexo na água, que além da nossa imagem, nos mostra também o fundo do lago. É andar na rua e ver nossos avós, tios-avós, primos. É reconhecer o penteado da sua tia nas senhoras que te servem um suco de laranja com pãozinho e um pastel de nata na padaria de manhã. É comer de novo aquela carne de panela com arroz que só sua avó fazia. Ou seja, não estou falando de ir aos museus e relembrar a história das grandes navegações e de como Cabral chegou à Terra de Santa Cruz. É como chegar em outra Terra, com T maiúsculo.

Deixando um pouco de lado a nostalgia (sou canceriana, desculpe), o país está renovado, em mais de um sentido. As cidades foram reformadas e os locais históricos restaurados. Além disso, suponho que a crise econômica que Portugal vem amargando há alguns anos trouxe um respiro criativo, de jovens que tiveram que se virar para sobreviver, e isso se nota na abertura de novos negócios, na moda, na arte, na noite e na gastronomia. Com alguma surpresa, ao chegar no Brasil, vi que a Vogue daqui tinha feito duas matérias sobre Portugal em sua edição de outubro. E não eram na editoria de turismo: uma era sobre o novo cool do país, que está atraindo os milionários brasileiros (coisas de Vogue), e a outra sobre estilistas emergentes. Ahá!

Vale ainda mencionar que o clima ameno é um ponto muito favorável ao turismo, o que deve atrair a horda de europeus que vi em todo lugar, assim como os preços mais amigos quando comparados ao resto da Europa e até mesmo ao Brasil (socorro, São Paulo).

Caí de amores também pela beleza e o carinho do povo. Português tem mini fama de mal-educado. Eu já tinha passado um fim de semana em Lisboa antes dessa viagem e não fui muito bem tratada… porém, agora, foi muito diferente. Quanta gente do bem, disponível, acolhedora, amável. E cada homem lindo, meu Deus hahaha!

Isso, sem mencionar as paragens incríveis do país. Sério. Natureza, arquitetura, rio, mar, vinhedos, porto… onde você também sente autenticidade, raíz. Começarei, portanto, falando das cidades por onde passei, suas belezas e peculiaridades, para depois tratar das coisas em posts temáticos (moda e compras, gastronomia, vinhos etc). Então, vamos para o início do meu roreito: Porto! Rola para baixo ou clica no próximo post 🙂

Update:

Para dar um pulinho na Espanha, vá de Porto a Santiago de Compostela. Clique aqui para saber da minha experiência. Se for a Lisboa, dou dicas de onde comer, comprar, passear, clique aqui para ler 🙂

Porto – não é só o vinho que interessa

Uma combinação de Ouro Preto com Paraty, Porto é belíssima. A comparação com a cidade litorânea brasileira é uma licença poética minha, uma vez que o município português é margeado em sua maior parte por um rio, o Douro, e não é famoso por suas praias. E tem um porto, claro.

Segunda cidade mais importante do país, tem arquitetura e patrimônio histórico impressionantes, em uma dimensão pequena, o que lhe confere charme. Dá para conhecer tudo a pé. Não à toa, é considerada pela Unesco patrimônio mundial da humanidade. Esse foi meu destino escolhido para começar a viagem por Portugal. Daqui, dei um pulo na Espanha, em Santiago de Compostela, depois fui descendo pelo Douro, parando em Coimbra e Óbidos, até chegar a Lisboa.

A área do porto, ou zona ribeira, é uma graça, cheia de restaurantes e bares, que ficam lotados de turistas. Apesar de parecer furada, é um passeio que vale muito a pena.

Por conta das universidades, a cidade também tem muita ‘vida jovem’. Eu não fui para as baladas, pero que las hay, las hay.

Onde ficar: Eu me hospedei em um flat, o Porto Central (Rua Mouzinho da Silveira, 149,). Saiu um bom custo benefício, o prédio era antiguinho, mas remodelado e superfofo, com todas as comodidades, inclusive wifi free. Bem de frente, está o Cantinho do Avillez, um dos restaurantes do Alex Atala dos portugas, o chef José Avillez, nada mal, né? Descendo a rua, chega-se à zona ribeira e subindo à Estação São Bento e ao centrinho histórico. Localização perfeita.

Como se locomover: Fiz tudo a pé. Eu prefiro assim. Mas, se quiser descansar as pernas – afinal a comparação com Ouro Preto significa também cidade com muitas ladeiras – Porto tem ótima distribuição de transportes públicos, com funicular e metrô, sendo que este liga o aeroporto ao centro.

Por onde turistar:
Na zona ribeira, já dita 😉
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Na Catedral da Sé, de onde se tem uma das mais encantadoras vistas de Portugal
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Pela Rua das Flores e adjacentes, no centrinho antigo, cuja bela arquitetura abriga restaurantes e lojinhas fofas. Duas que gostei foram a Mercearia das Flores (Rua das Flores 110), que vende conservas, queijos, cervejas, para levar e comer lá; e a Chocolateria Equador (Rua Sá da Bandeira 637), maravilhosa, que vende trufas de Vinho do Porto.
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No Café Majestic (Rua Santa Catarina 112), que é a Confeitaria Colombo de lá. Porém, achei os quitutes bem mais gostosos. Peça o Toucinho do Céu que, apesar de ser um doce vendido em todo lugar em Portugal, é especialidade da região do Porto e muito bem feito na casa.
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A Livraria Lello (Rua das Carmelitas 144) é uma das mais antigas de Portugal, fundada em 1869. Sua arquitetura impressionante também lhe rende o título de uma das mais belas do mundo em diversos rankings de turismo e design. O acervo de livros é grande. Eu amo livrarias, mas mesmo que você não compartilhe desse sentimento, uma entradinha para admirá-la não vai te causar arrependimento.
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A Estação São Bento é, claro, apenas um terminal de trens, mas seu saguão principal é tão lindo e eu tirei fotos tão legais, que, sim, recomendo uma passada.
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Do Porto, ainda é possível fazer um cruzeiro pelo rio Douro, visitar vinícolas produtoras de Vinho do Porto (dã) e até começar o Caminho de Santiago de Compostela. Eu optei por visitar as vinícolas um pouco mais para baixo, na região de Peso da Régua, onde também se produz o vinho licorado, e ir até Santiago confortavelmente de carro (hehehe). Portanto, as minhas dicas sobre esses passeios, você encontrará nos próximos posts.

*Foto Zona da Ribeira: Best Guide

As drags do RuPaul no centro da moda

Drag já não é mais tendência, é moda. Quatro rainhas saídas do RuPaul’s Drag Race (se não sabe ainda o que é isso, eu contei aqui) estampam camisetas de marcas mainstream descoladíssimas e eu já estou dando um jeito de contrabandear encomendar as minhas.

A primeira leva é da American Apparel, que convocou logo um trio: Willam, Alaska 500 e Courtney Act. Veja o vídeo de divulgação da collab e morra comigo:

A linha tem várias peças no estilo nightclubbing – como leggings, bodys, meias – mas, o que cobicei mesmo foram as camisetas.

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O segundo lançamento fashion é do Marc Jacobs, que não perde tempo jamais e fez uma t-shirt com estampa do Milk, participante meio circense da sexta temporada. A peça é de uma linha beneficente, em prol do câncer de pele, que já vendeu milhares de camisetas com a frase “protect the skin you are in” sobre a foto de alguma celebridade nua. Dessa vez a série, que já estampou Mrs. Beckham e Miley Cyrus, tem como estrela a drag queen, acompanhada de uma mensagem mais ousadinha. Toda a renda das vendas será doada para o NYU Skin Cancer Institute. Acho chique.

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Ambas marcas vendem online. A American Apparel entrega no Brasil, apesar disso, tentarei descobrir se a linha das queens chega nas lojas daqui também e colocarei um update.

Já a Marc Jabobs, não entrega em terra brasilis, fuen 🙁 Mas, de repente, rola de mandar para a casa de um amigo que mora nos EUA…

*As fotos são de divulgação das marcas

Três dicas rápidas de filmes

Tem fins de semana que o que interessa é ver um bom filme e deixar os drinks de lado. Eu, muitas vezes, fico perdida sem saber o que escolher, olhando para as opções do Guia da Folha ou para o catálogo do Netflix. Então, imaginando que existem outras pessoas que passam por isso, pensei que essa “modalidade” de post pode ajudar alguém.

Tem uma opção nos cinemas, outra no Netflix e mais uma no Now. Em comum, todas têm romance e casais de protagonistas que dão show de atuação. Também tenho a impressão de que as três produções passaram meio batidas no quesito divulgação e nem todo mundo ouviu falar, portanto, são boas dicas.

Em cartaz: Mesmo Se Nada Der Certo (John Carney, 2013)
Filme mega fofo, divertido, romântico e inspirador. Daqueles que você sai do cinema feliz. Tem Keira Knightley e Mark Ruffalo nos papéis principais. Ela é uma compositora com o coração partido e ele um produtor musical que acabou de perder a sociedade em um selo de música. Se encontram para descobrir, por meio da música, um novo caminho na vida. Keira solta a voz de verdade no filme e não faz feio. E, como bônus muito bem-vindo, Adam Levine faz o papel do músico hipster que deu o pé na Keira. Só de ver Ruffalo homeless e Levine de barba já valeria o ingresso 😉
BuzzFoto Celebrity Sightings In New York - June 29, 2012

No Netflix: Sentidos do Amor (David Mackenzie, 2011)
Um vírus está atacando toda a população mundial e acabando com o ofalto das pessoas. Antes desse sentido sumir, o primeiro sintoma é um surto de melancolia profunda. Esse cenário bizarro é o pano de fundo para a história de amor entre uma médica epidemiologista, que está estudando o caso, vivida por Eva Green, e um chef de cozinha, que usa, por motivos óbvios, o olfato em sua profissão, interpretado por Ewan McGregor. Pessoalmente, adoro enredos de caos e fim do mundo, tipo Extermínio e Filhos da Esperança, e acho que com um toque british são melhores ainda. Não à toa, Sentidos do Amor, uma produção britânica, me pegou. Além do interessante plotline sci-fi, o romance apresentado é belíssimo. Tem paralelos com Ensaio Sobre a Cegueira. Eu gostei 🙂
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No Now (Net): Refém da Paixão (Jason Reitman, 2013)
Do diretor de filmes que eu amo – Juno, Amor Sem Escalas e Jovens Adultos -, esse longa não decepcionou. Porém, o tom é um pouco mais denso que em suas obras anteriores. Kate Winslet (diva) é uma mulher divorciada e depressiva que vive com o filho adolescente e se apaixona por um presidiário fugitivo (Josh Brolin). Um filme delicado e profundo, uma combinação que pode parecer contraditória mas é alcançada aqui.
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As melhores baladas de Berlim

Acho que a fama da vida noturna na capital alemã é grande. Ou estou enganada? Bom, de toda forma, na minha modesta experiência de vida, foi lá que eu vi as baladas mais inusitadas. E vale ressaltar que são divertidas, afinal, inusitada pode ser estranha e muito louca, mas chata.

Antes da jogação, saiba que: 1. Os estabelecimentos raramente aceitam cartão de crédito, saia com dinheiro; 2. Lá, existe door policy, ou seja, fica um sujeito na porta das baladas dizendo quem pode e quem não pode entrar na casa, usando sabe-se lá quais critérios. Chato, né? Mas, é assim. Tenho dicas para isso? Ouvi das pessoas que moram lá que grupos grandes são barrados, pessoas mal arrumadas, grupos só de homens hetero, adolescentes… tudo meio vago, nada garantido.

Nesse post, vou indicar, dos lugares que conheci, os que mais gostei.

Berghain –  Esse clube está em qualquer lista de melhores da Europa. É tradicional da cena clubber e techno. O lugar é uma antiga fábrica, que por fora parece sem graça, mas por dentro impressiona. A pista tem belos vitrais que contrastam com a arquitetura industrial e pé direito altíssimo. No fim de semana funciona non-stop até a segunda-feira. Isso que é after hours! A door policy é forte. Faça cara de blasé na fila, não mexa no celular, selfie nem pensar, manere na montação, pareça cool e underground. Tipo isso hahaha. Antes de ir, confirme também se a pista principal estará aberta, algumas vezes só parte da casa funciona.
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Berghain por dentro 2

Stattbad –  Ou “a Balada da piscina”. Quem já assistiu ao filme Deixa Ela Entrar, pode imaginar o ambiente da cena final para ter ideia de como é esse centro cultural, cuja programação tem variados artistas, de DJs a grupos de música clássica. O local era uma piscina pública indoor, com vestiários, guarda-volumes, casa de máquinas, onde à noite tudo se transforma em balada, inclusive a dita cuja da piscina – vazia. Creepy, mas legal. Nas noites do fim de semana, a música é eletrônica, como quase tudo em Berlim. Para ir ao Stattbad, também aconselho verificar se a piscina estará aberta. Algumas vezes, só as outras áreas estão liberadas para o público. São legais também, mas né…

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Klunkerkranich –  Lugar com um ar hipster, no bom sentido. Fica em cima de um shopping, o que assusta um pouco na chegada, mas é só subir até o estacionamento e sair no terraço, na área propriamente do bar, que tudo é lindo. A decoração hipster-pinterest, com piso de madeira, luzinhas penduradas, plantinhas, mesas coletivas e uma vista ma-ra-vi-lhosa, faz você se sentir imediatamente muito bem. Peça um Moscow Mule, drink da moda, feito de de ginger beer e vodka, que logo mais pega em São Paulo também, e aproveite. A música aqui é bastante eclética, mas sempre alto astral. Pode até rolar um Tim Maia. Nos meses do verão, entre junho e agosto, as filas podem ser grandes, então chegue antes das 19h. A programação noturna vai até altas horas, porém a lotação da casa pode chegar no limite bem cedo. Nos demais meses, chegue a hora que quiser, porém eu dou meu pitaco de que é bacana estar lá para ver o pôr do sol 😉

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So36 – Se você, como eu, tem um limite para música eletrônica, esse lugar é o paraíso. O So36 está para os berlinenses assim como o CBGB estava para os nova-iorquinos e a Funhouse está para os paulistanos. Desculpa as comparações toscas. Acontece que esse clube existe desde os anos 70 e era frequentado por Bowie e Iggy e até hoje recebe bandas. Aos sábados, tem uma discotecagem muito divertida, que vai até às 7h! Tem rock, indie e hits pop de todas as décadas. É para ir sem medo de ser feliz.
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Para decidir onde ir, o site Resident Advisor tem a programação das casas noturnas, de várias cidades do mundo, não só de Berlim.

Os alemães têm hábitos baladeiros parecidos com os nossos: saem para jantar ou beber antes da boate, as casas noturnas não abrem antes de 23h e começam a ferver entre 0h e 2h. Nos lugares onde o eletrônico pega, tem after hours até quando Deus quiser. Uma região boa para o esquenta, é o bairro Kreuzberg, alternativo/hipster/underground, cheio de bares modernos e alguns mais econômicos, muito “movimentado” (fiz a tia agora). Graças à ocupação de imigrantes turcos, também tem ótimos lugares para uma boquinha no pós-balada. Para chegar lá, desça na estação do metrô Görlitzer.

Tenho certeza absoluta de que existem outros lugares incríveis em Berlim. Sei de um, o KitKat Club , onde você tem que ir de roupas íntimas, por exemplo, mas, como não fui, não posso resenhar. Então, repito: esses são os que preferi entre os que conheci. Espero voltar muitas vezes, para ter mais dicas. Se alguém souber de alguma, me conta 😉

*Fotos: www.lesortard.com, 3.bp.blogspot.com, enphoto500x500.mnstatic.com, lefashionisto.com, berlin-enjoy.com, www.theclubmap.com